terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Nu na cabana tropical, óleo sobre tela


Oi pessoal!

Ando sumida, mas não abandonei o blog. Eu já tinha dito que eu estaria ausente por conta da faculdade e de um projeto pessoal que em breve teremos uma postagem sobre ele. Venho aqui agora que estou de férias mostrar a vocês um quadro que fiz neste semestre. O nome dele é “Nu na cabana tropical”.


Depois que entrei na aula de pintura realista passei a pensar melhor em estudos e fotografar por minha conta modelos e pessoas interessadas em posar. Foi assim que fotografei a Camila para as duas pinturas que postei aqui. Aproveito então e fotografo várias vezes a mesma modelo para que eu tenha um acervo pessoal de fotos. Pra quem não sabe, usar fotos de outras pessoas mesmo para pintar é plágio.



A Bianca se ofereceu para posar, o que por sinal foi ótimo, já que ela tem um ótimo equipamento de fotografia. Pudemos fazer algumas fotos com característica barroca e outras fotos com luz menos dramática. Uma das fotos “barrocas” está sendo pintada no Par de Ideias. Porém uma foto dela sentada numa poltrona na frente da janela foi aproveitada para pintar aqui em casa, no meu ateliê.



Estou em uma fase na minha vida apaixonada pela madeira. É um material que eu tenho estudado por conta própria e penso em um dia fazer mestrado em estruturas. Queria construir casas e cabanas de madeira e já que não posso morar em uma, eu posso fazer isso por meio da arte. Por isso que a Arte é sensacional. Ela serve como um mundo virtual onde podemos ser o que quisermos e podemos está numa cabana tropical numa ilha maravilhosa. O De e a Pintura são minhas melhores fugas da realidade.



Esse é um dos motivos pelos quais eu sempre quis aprender a pintar e desenhar de forma “realista”. Por mais que dizem que ela “limita” o artista, eu penso totalmente o contrário, ela me liberta. Posso então criar o que quiser e produzir imagens lindas ou que gostaria de ver ou presenciar. Sendo assim foi aí que eu aproveitei o cenário da casa da Bianca para brincar com essas virtualidades. Eu transformei a parede de alvenaria tradicional em parede de madeira, para virar uma cabana. A vegetação na janela ajudou um pouco nisso, são plantas tropicais que fazem parte de toda essa atmosfera.


Eu poderia ter feito um tecido estampado cobrindo o corpo da modelo, mas confesso que não sou muito fã de estamparia. Até gostei do resultado do tecido tropical nas aquarelas, mas na pintura a óleo talvez não seja esse o momento.


Ainda tenho dificuldade em fazer pés, penso em fazer muitos exercícios de mãos e pés no ano que vem. Acho que irão contribuir para próximas pinturas. Porém fiquei muito feliz com o resultado do rosto e dos seios. Achei bem realista. Eu havia feito outro quadro desta mesma fotografia, porém ficou horrível e duro. O lado bom foi que serviu como um estudo para essa pintura.

(detalhe ampliado)
(em processo)



Se tratando de materiais, eu comprei duas tintas de uma marca chamada Georgian Oil, da Dawler Roney, marca britânica de 1783. Comprei um branco de titânio e um branco “underpainting”, o que seria uma tinta para preparação da tela, a imprimatura. O resultado: notei que é uma tinta bem oleosa, porém bem homogênea. Camadas inferiores não devem ser muito oleosas para evitar rachaduras, mas fica o aprendizado. Gosto de experimentar marcas novas para descobrir qual o melhor material para pintar. Sendo assim já sei que não vou mais comprar essa marca. 


Cores usadas na figura humana foram: 
  • branco de titânio da Georgian Oil;
  •  amarelo ocre Rembrandt Talens;
  • sombra queimada da Gamblin;
  • vermelho da China (ou vermellion red deep) da Corfix;
  • Alizarim Crimson da gamblin;
  • Ivory black da Gamblin;
  • Siena queimada da Pebeo;

Cores na parede:
  • branco de titânio da Georgian Oil;
  • amarelo ocre da Rembrandt Talens;
  • Terra de Siena da Pebeo;
  • Siena queimado da pebeo;
  • Sombra queimada da gamblin;

Cores na vegetação e céu:
  • Azul ultramar da Pebeo;
  • Azul cerúleo da Gamblin;
  • Ivory Black da Gamblin;
  • Branco de titânio da Georgian Oil;
  • Amarelo limão da Corfix;
  • terra de Siena da Pebeo;

Cores na poltrona:
  • sombra queimada da Gamblin;
  • siena queimada da Pebeo;
  • terra de siena da Pebeo;
  • amarelo ocre da Rembrandt Talens;
  • ivory black da Gamblin;
  • Azul ultramar da Pebeo;
  • Azul cerúleo da Gamblin;
  • Gris de payne da Corfix;
Cores no tecido:
  • branco de titânio da Georgian Oil;
  • sombra queimada da Gamblin;
  • azul cerúleo da Gamblin;
  • Amarelo ocre da Rembrandt;

Cortes no chão:
  • ivory black da Gamblin;
  • sombra queimada da Gamblin;
  • siena queimada da Pebeo;
  • terra de siena Pebeo;
  • branco de titânio Georgian Oil;

Para intensificar as sombras no piso e na parede usei o gris de payne da corfix diluído com óleo para ficar transparente.


Gosto de escrever as cores e as marcas, pois este blog serve como um caderno pessoal de estudo. Com o tempo algumas tintas podem causar rachaduras e eu posso observar com o tempo quais foram as que se adaptaram melhor a medida que o tempo passa. Geralmente tintas com melhor qualidade e mais pigmentadas tendem a ficar bem opacas depois que secam, já as muito oleosas ficam mais brilhosas. Eu notei que onde eu usei bastante branco dessa marca Georgian Oil é onde mais tem brilho. 

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