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quarta-feira, 7 de março de 2018

Minhas últimas compras de materiais em arte


Oi Pessoal!



Mais um ano se passa e eu venho aqui dizer que eu não abandonei o blog. O ano de 2017 foi uma correria pra mim. Eu formei em Arquitetura e não tive tempo nem para cagar (brincadeiras a parte).
Até que consegui produzir poucas coisas e em breve elas serão postadas. 


A postagem de hoje é sobre minhas compras de materiais em arte nos Estados Unidos. Eu não me recordo exatamente o preço de cada produto, mas imagino que no site da Blick deve ter os preços. Blick: guardem bem esse nome caso você resolva comprar materiais artísticos por lá.

Podem acessar o site:  https://www.dickblick.com/ 

Obviamente eu não entrei apenas nessa loja e imagino que devem ter outras muitas. Porém esse foi o local que achei mais organizado e com preços mais em conta. Haviam MUITOS produtos em promoção.


Em 2012 eu comprei um série de aquarelas da Winsor e Newton, aquelas de 5 ml. Eu inocente acreditando naquele CLICHÊ de estudante de artes: “aquarela boa dura a vida toda”... típico de quem não entende nada de pintura e que só pega seus estojos uma vez na vida e outra na morte. Algumas cores já passaram da metade e além disso, eu também queria experimentar cores novas e difíceis de serem criadas por misturas.



Vamos começar com o que comprei:


Comprei esses dois sabões de pincéis. O que vem no pote foi muito bem recomendado, já o verde eu comprei mais na curiosidade e porque estava baratinho. 




Máscara para aquarela: eu queria a da Sennelier por ser verde e menos difícil da gente confundir com o papel. Só que encontrei apenas da Winsor & Newton. A minha antiga máscara é ainda daquela versão de vidro e tenho minhas dúvidas se ela ainda presta. Essas máscaras sempre são fedorentas e hoje ela está mais fedida que o normal! Ela tem 7 anos e não estão chorando por ela está estragada. Usei bastante e pude aprender bastante com ela. Agora tenho outra para substituir. Porém não vou jogar esse vidro quase "vintage" da W&N fora, haha. 





Esponjas marinhas: eu tenho duas que comprei há 5 anos e ainda estão em bom estado. Na verdade essas esponjas duram um bom tempo! Mas queria experimentar outros tamanhos e texturas. Eu AMO AMO AMO esponjas do mar!



Guache da Winsor & Newton: todos os meus guaches são da Talens e eu sou muito curiosa em marcas difentes. Esse aqui é na cor natural umber (sombra natural). Uma ótima cor para fazer cabelos loiros. 



Dois marcadores da Tombow e um da Blick, a própria loja. Sim, as próprias lojas tem seus materiais. 



Esse pincel de marta tamanho 6 da Renoar M Grumbacher. Tenho gostado muito desse tipo de pêlo para pintura a óleo.



AQUARELAS: uma neutral da W&N (acho que está inclusive saindo de estoque, foi difícil de encontrar), violet dioxazine da Sennelier, Warm gray da Sennelier, Turquoise da Sennelier, burt umber (sombra queimada) da cotman, indigo da cotman, raw sienna (sienna natural) da cotman, vemelhio de cadmio da cotman e o sap green também da cotman. 




Verniz de retoque, um da Utrecht e outro da W&N. Amo muito esse verniz e penso em fazer uma postagem a respeito.



Um Flake White e um Raw Sienna da Williamsburg


Uma tinta purple dioxazine da Gamblin 1980, linha que eu estava curiosa para experimentar!

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Aquarelas novas e minha forma de "armazenamento"

Oi povo lindo!


Como é bom ter tempo de postar aqui! Estava com saudade disso!


Não sou nenhuma expert em aquarela e ainda tenho muito que aprender, no entanto foram 5 anos usando esse material maravilhoso. Pude ver desenvolvimento ao longo desse período. Foram 3 meses de aulas com a Helena e 4 aulas com a Maísa, além de pegar tutoriais em livros e na imensidão da internet. Ainda quero fazer ilustração científica e workshops quando puder (quero dizer: $$$). Eu tenho usado o material para hobby, arte, quadrinhos e para desenho de Arquitetura.



O que posso dizer é que a aquarela, diferente do óleo, é um material doce! Ela é fluida e leve. Foi com ela que eu pude estudar melhor teoria de cor e também desenvolver o que eu poderia chamar de “minha paleta”. Comecei com um joguinho de 12 cores e com elas fui criando minhas misturas. Com o tempo fui adquirindo mais materiais e sentia a necessidade de novas tonalidades, além de ter certas cores já “prontas”. As vezes ter um vermelho ou um roxo já prontinho ajuda muito no processo, haha! Porém, tomem cuidado com as cores que saem puras da embalagem. O bom é a gente sempre fazer misturinhas e ver cores lindas surgindo.



O meu primeiro joguinho foi um estojo de 12 cores da Cotman em pastilhas. Depois que eu entrei na aula, quis economizar essas aquarelas e comprei um estojo da Pentel, tinta mais barata, porém em bisnaga. Muita gente me pergunta como usar aquarela em bisnaga. Algumas pessoas falam: “eu gasto muita tinta quando uso bisnaga, acho que não sei como se usa, sempre acabo exagerando na dosagem”. Sendo assim eu decidi fazer essa postagem, explicando como eu faço desde que adquiri bisnaguinhas.



Eu ganhei da minha irmã um jogo de aquarela de 24 cores da Royal & Langnikel e aproveitei para armazenar da forma como faço com todas as aquarelas em bisnagas. Tirei foto para vocês!



Quando eu adquiri as tintas da Pentel, minha professora indicou comprar o godê que abre e fecha, assim ele serve como um estojo e você pode levar para onde quiser. Fiz então a mesma coisa com as tintas da Winsor & Newton, comprei outro godê igual e armazenei da mesma forma. Ele custa cerca de 25 reais. Em cada “pan” você preenche com certa quantidade de tinta. Não precisa ser o conteúdo do tubo inteiro. A tinta vai secar e vai ficar como uma pastilha.





Eu tirei toda a aquarela da Pentel sem dó e nem piedade para colocar as tintas novas. Hoje vejo que as tintas da Pentel deixam a desejar. Foi feita uma postagem sobre elas aqui no blog há um tempo.









Depois que eu usar as novas aquarelas, venho aqui para mostrar o que achei! Espero ter ajudado vocês!

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Dona Samyra e seus dois maridos - aquarela e guache

Eu me lembro da primeira vez que usei guaches de qualidade. Uma professora havia mandado comprar guaches da Talens das cores: amarelo, magenta, ciano, preto e branco para que pudéssemos treinar estudo de cores. Eu disse que não compraria um guache que custava mais de 15 reais. Até que minha amiga me emprestou os dela e realmente, eu vi uma grande diferença.


Eu associava até então guache como uma tinta meramente escolar. Eu nem sabia direito o que eram aquarelas. Para quem não sabe, a aquarela é uma tinta a base de água que funciona com camadas transparentes de água colorida. São compostos basicamente de pigmento e goma arábica. O guache é uma aquarela, porém opaca. Enquanto a aquarela faz camadas transparentes, o guache faz camadas opacas. Para isso, é acrescentado na mesma receita da aquarela o carbonato de cálcio para dar carga e opacidade. É por isso também que aquarelas de má qualidade geralmente recebem carga para render e por isso acabam sendo mais opacas que aquarelas de qualidade. Ou seja, tem aquarela por aí que é guache, o que pode ser prejudicial para certas propostas.


Não é de agora que às vezes eu uso guache quando quero efeitos opacos nos meus desenhos. Principalmente depois que eu comprei algumas cores da talens. Realmente é um guache bem pigmentado e a cor é bem saturada. O magenta não é igual dessas marcas populares que parece mais mistura de rosa com lilás. O ciano então não é aquele azul claro sujo. O preto é realmente preto. É aquele tipo de guache que chega a ser duro de trabalhar sem diluir com água. É um material que rende bem.


Esses dias comecei a pintar um desenho todo com base na aquarela. Como eu queria efeitos mais realistas e detalhados, eu decidi assumir o guache. Além de testar acrílica em partes brancas puras, já que eu notei que o guache não dá o resultado esperado nesse requisito. No entanto para os detalhes dos cabelos da mulher, no tapete, narguilé, almofadas, lanternas e penas de pavão a tinta opaca foi utilizada com um pouco de diluição em água.


Existem aquarelistas que prezam mais pela pureza do material e manter o papel sem cor onde desejamos o branco. Não acho de forma alguma que eles estejam errados e de fato o melhor branco é o do papel. Até que eu e outras pessoas começamos a reparas que minhas aquarelas são muito carregadas em camadas e com escuros destacados, procurando imitar uma pintura a óleo. Então estou seriamente pensando em comprar outras cores de guache para testar o material puro nas minhas ilustrações, já que ele é opaco.


Eu sou contra o uso mix de material (acrílica e óleo) na pintura sobre tela. Sabemos que a tinta óleo se comporta totalmente diferente da acrílica por ser feita com óleo de linhaça. Mas dependendo do tipo de ilustração feita no papel eu acho que cabe sim misturar guache, aquarela e pastel para efeitos de fumaça, vidro, luz, pedra e texturas, embora resultados bons possam ser conseguido persistindo na aquarela. Obviamente o mix de material é feito para conseguir efeitos que a aquarela sozinha não conseguiria. Em, alguns desenhos eu assumo digamos que a aquarela pura, mesmo tentando ao máximo o resultado possível somente com o mesmo material. Mas há outros desenhos que eu realmente quero o resultado mais almejado com maior rapidez e praticidade. Eu digo isso porque muitos ilustradores que eu gosto fazem isso e obtém resultados perfeitos.



Bom, tinha tanto tempo que eu não desenhava num papel A4. Até que bateu  saudade de treinar mais uma vez composições com mais de uma figura humana. Trouxe então a dona Samyra e seus dois maridos!




sábado, 16 de abril de 2016

Ali Cavanaugh

Ali Cavanaugh é uma artista norte americana nascida em 1973. Ela estudou pintura num College e depois fez residência em Nova York.



A artista tem fama nacional e internacional e seus trabalhos são objetos de muitas exposições nacionais, internacionais, coletivas e individuais. Além de também serem capas de CD, revistas e numerosas publicações impressas, incluindo The New York Times Magazine, American Art Collector, Aquarela do artista americano. Ela pintou retratos da revista Time e The New York Times. Seu trabalho é destaque em mais de 400 coleções particulares e corporativos em toda a América do Norte, Europa, Ásia e Austrália. Atualmente vive em St. Louis, Missouri, com o marido e os quatro filhos.


Em relação ao seu trabalho as palavras da pintora são: “Minha dependência do mundo visual começou quando eu perdi muito da minha audiência através de meningite aos 2 anos de idade. Esta perda foi uma bênção disfarçada como eu aprendi a depender de linguagem corporal e leitura de lábios para se comunicar. Então, de meus dias mais jovens, tornei-me sensível às pessoas ao meu redor e a linguagem silenciosa reveladas por meio de composições do corpo humano.


Meu fascínio com a dicotomia da existência visível e invisível em humanos tem sido uma pedra angular conceitual para a maior parte da minha carreira como um artista figurativo. É no momento de hesitação quando se passa para o espaço interior do pensamento, que eu encontrar inspiração. Eu me esforço para pintar não só as feições delicadas da pessoa externa, mas para capturar a presença invisível concurso que transcende a compreensão em profundidade de uma alma. Na minha experiência em trabalhar com as pessoas que eu pinto, eu descobrir repetidamente o profundo mistério da existência.”

Ela passou os últimos sete anos desenvolvendo seu processo e se refere a suas pinturas como "afrescos modernos", porque eles são tão singularmente diferente do que o que nós sabemos de pinturas como aquarela tradicional. Este revestimento de argila da superfície é delicada ao toque, mas muito resistente ao meio da aguada.


Cheguei a ver o site oficial dela e seus trabalhos tem fases diferentes. H[a uma fase bem realista, embora o trabalho seja feito com aquarela. Mas a fase que mais gostei foi a immerse, onde ela pinta crianças abusando de cores frias, como verde água para as sombras. Assim podemos notar um efeito de água ou reflexo dela nas lindas crianças. A pintura é bem manchada, no entanto bem realista. É um verdadeiro trabalho delicado! 













quinta-feira, 10 de março de 2016

Steve Hanks



Há ainda muita gente que desconhece a aquarela e que acha que ela é feita em tela. Também tem quem pensa que é um material escolar. A tinta a óleo ainda é um material mais valorizado. Talvez porque muita gente associa o desenho e a aquarela como um instrumento e não a obra em si, servindo apenas para estudos de composição para depois passar para a tela.

Eu sou dessas que acha a pintura a óleo a rainha das artes, mas reconheço que a aquarela e o pastel seco são ótimos meios. Admiro trabalhos a pastel, mas eu tenho tanta agonia de utilizar o material, sendo assim passei a me interessar por aquarela e óleo. Embora eu tenha respeito pelo óleo, a aquarela foi o material depois do lápis de cor que eu mais desenvolvi. Abandonei por completo os lápis e também sempre tive um pouco de insegurança e preguiça de usar óleo. Até que tive um interesse de saber de aquarelistas. Foi aí que eu conheci os trabalhos de Steve Hanks.

Hanks é um dos meus artistas favoritos. Sim, posso dizer que um dos artistas que mais gosto é aquarelista. Ele é considerado um dos maiores aquarelistas do mundo. Se alguém que estiver lendo souber de outros aquarelistas fodas como ele, podem compartilhar comigo! Eu adoro ver trabalhos bons!

O artista nasceu em San Diego em 1949 numa família militar e nas praias do sul da Califórnia. Assim, o oceano para ele sempre foi um forte elemento inspirador. Depois do ensino médio ele foi estudar na Academia de Finas Artes de São Francisco e depois tirou seu Bacharel no college.

O aquarelista denomina seu trabalho “realismo emocional”, já que ele procura explorar ângulos do rosto que expressam mais emoção do que a face frontal. Ele tem a luz como um de seus temas favoritos. É incrível o quanto que ele trabalha bem a iluminação! Acho que é justamente o seu jogo de luz e sombra o que eu mais gosto em suas aquarelas.
É obvio que esse tipo de realismo só é possível por meio de observação. Também é perceptível o uso de fotografia. No entanto eu não vejo o recurso da foto como uma trapaça, é um suporte, já que hoje é difícil de conseguir modelos. Além do mais o trabalho dele é a aquarela que por mais que esteja realista, o material ainda tem presença nem sua obra. Da pra notar que é aquarela. Além do mais se ele tivesse fazendo o que tem exatamente na foto talvez nem desse certo. Assim funciona um trabalho onde o artista tem que abstrair um pouco dessa fotografia e usar outras cores para luzes e sombras, evitando o preto.



É possível notar o quanto Hanks utiliza contrastes de cores complementares para fazer a iluminação. Podemos ver que ele utilizou a sombra puxada para o roxo quando se tem uma luz amarela. A mesma coisa com os tecidos brancos, que por sinal ele trabalha muito bem. Suas aquarelas provam que o tecido branco reflete cores e isso faz toda diferença para o volume.



Os relevos do trabalho do artista também são maravilhosos! Eles estão nas pedras, no tecido, nas manchas das paredes, da areia da praia, da água e chuva! É impressionante o quanto a obra é minuciosa, porém leve. A pintura não é pesada.





As praias, o mato, a casa, a beira do riacho são locais frequentes em suas pinturas carregadas de cenas bonitas, nostálgicas, alegres, familiares e emotivas. Hanks é casado e tem três filhos. Sua família é um dos temas que ele registra.  Crianças dando seus primeiros passos, família caminhando na praia, bebês, temas femininos, nus, crianças brincando na rua, a chuva, o mar, o corriqueiro, as paisagens e muita beleza envolvidas em camadas de água colorida.

A paleta dele pra mim é maravilhosa. Ele busca cores naturais, assim o marrom da madeira não é aquele marrom berrante que vem puro nos tubos de tinta. A mesma coisa do verde esmeralda artificial. Ele faz misturas bem naturais além de tirar proveito do jogo de cores e iluminação colorida. Portanto não é preciso escurecer tanto os tons de sombra, o contraste já vai criar essa noção de escuro. Bem possível que e ele não tenha utilizado o preto, talvez o neutral que ainda tem um pouco de roxo.



Outro aspecto interessante é a escolha de ângulos. Muitos trabalhos são mais harmônicos, mais equilibrados. Mas há também aqueles com recortes propositais para maior expressividade da cena.

É provável que Hanks utilize bons materiais. Não é por acaso que toda vez que vejo aquarelistas bons no Instagra em sua grande maioria usam tintas boas e pinceis de marta. Claro que tem gente usando material mais barato por aí e fazendo coisa bonita, mas há vantagens na escolha de bons produtos. Olhando a textura do papel, é quase certeza que ele utilizou um papel bem liso e de algodão. Um trabalho minucioso e realista como estes necessita de uma superfície bem lisa e pinceis que puxam muita água, como os de marta kolinsky. Também muitas camadas fazem parte de seu processo, para isso é preciso que o papel seja muito resistente, portanto o mais indicado é o papel de algodão. Muita água pode esfarelar um papel.


Seus trabalhos são maternais, paternais, femininos, delicados e que transmitem muita tranquilidade e paz. As cores também são suaves e naturais. A verdade é que o que ele faz é lindo e a arte também pode ser linda. A beleza enche nossos olhos  isso nos comove.