sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

William-Adolphe Bouguereau

"Cada dia eu vou para meu estúdio cheio de alegria, à noite, quando obrigado a parar por causa da escuridão mal posso esperar pela manhã seguinte para vir ... se eu não puder me entregar a minha pintura querida eu sou miserável "

William-Adolphe Bouguereau



Oi pessoal!
Hoje vou fazer uma postagem para homenagear um dos melhores pintores do mundo: Bouguereau.

Esse artista, que nunca vi em livro de História da Arte algum, foi considerado em seu tempo um dos maiores pintores do mundo. Depois de 1920, Bouguereau caiu em descrédito, devido em parte à mudança de gosto e em parte à sua oposição aos impressionistas que foram ganhando aceitação do povo, assim, seu nome não foi sequer mencionado em enciclopédias.

Alguns o considerava como um mestre do gosto e requinte, já outros artistas como Degas criaram o termo pejorativo "Bougueresco" para descrever qualquer estilo artístico artificial como o seu.
William-Adolphe Bouguereau nasceu em La Rochelle, França, no dia 30 de novembro de 1825 e faleceu no dia 19 de agosto de 1905 por doença cardíaca. Ao longo de sua vida ele pintou 826 quadros. Sua família era de comerciantes de vinho e azeite. Por influência de seu tio Eugène, que era padre, ele mostrou logo cedo seus talentos artísticos. Através dele, foi dada uma comissão para pintar retratos dos paroquianos. Bouguereau foi a Paris e se tornou um estudante da École des Beaux-Arts, onde ganhou o prêmio em pintura de figuras de uma representação de Saint Roch. Participou de dissecções anatômicas e estudou trajes históricos e arqueologia para melhorar seus estudos de desenho. Assim foi admitido para o estúdio de François-Edouard Picot, onde estudou pintura no estilo acadêmico.

Por fazer pinturas acadêmicas do status mais alto sobre emas históricos e mitológicos, Bouguereau ganhou o cobiçado Prêmio de Roma em 1850. Como recompensa, ficou um ano na Villa Medici em Roma, onde, além de aulas formais, ele foi capaz de estudar os artistas renascentistas e suas obras-primas, bem como o grego, o etrusco e antiguidades romanas. Também estudou literatura clássica, que influenciou suas pinturas.
Paphael era o pintor favorito de Bouguereau. Ele tinha cumprido um dos requisitos do prix de Rome, preenchendo uma cópia antiga do mestre de Raphael "O Triundo de Galatea". Em muitas de suas obras, ele tambpem seguiu a composição clássica, forma e tema. Os retratos de mulheres feitos por Bouguereau foram considerados charmosos, pois ele poderia embelezar uma babá enquanto mantinha sua semelhança.
Em 1856, casou-se com Mary-Nelly Monchablon e teve cinco filhos. Nessa mesma década, fez ligações com negociantes de arte que ajudou a arrumar clientes para comprar quadros de artistas que tiveram obras expostas nos salões. Graças a Paul Durand-Ruel, Bouguereau conheceu Hugues Merle, que mais tarde foi comparado com Bouguereau. Os salões atrairam mais de 300.000 pessoas, proporcionando a exposição valiosa para os artistas expostos. Sua fama se estendeu para a Inglaterra por volta de 1860, assim, ele comprou uma casa grande e estúdio em Monte Parnaso (um bairro francês).
Bouguereau era um pintor extremamente tradicionalista, suas pinturas de gênero e temas mitológicos foram interpretações modernas de temas clássicos, tanto temas pagãos e cristãos com uma grande ênfase no corpo feminino. O mundo idealizado de suas pinturas e seu estilo quase fotográfico fez com que deusas, ninfas, banhistas, pastoras e madonas ganhassem vida, o que agradou os patronos de arte da época. Sua pintura de pele, mãos e pés foram reconhecidos como grandiosos. O artista usou alguns dos simbolismos religiosos e eróticos dos antigos mestres, como na pintura "Jarro Quebrado" que conotava inocência perdida".
(Jarro Quebrado)
Muitas de suas pinturas estão em mãos privadas, pois fez muitos trabalhos sob encomenda para senhores ricos, como os retratos que eram um sucesso.
Na década de 1860, Bouguereau estava intimamente associado com a "Académie Julian" onde deu aulas para estudantes de arte de todo o mundo. Ensinou desenho e pintura para centenas de alunos. Muitos deles conseguiram estabelecer carreira artística em seus próprios países, alguns de seus alunos optaram por seguir caminhos diferentes do academicismo, como foi o caso de Matisse.
Em 1876 virou membro vitalício da Academia e Comandante da Legião de Honra e grande Medalha em Honra em 1885.
Em 1877, sua esposa e filho recém nascido morreram, mas se casou pela segunda vez em 1896 com uma de suas alunas norte americanas, Elizabeth Gardner. Com sua fama, ele conseguiu abrir instituições de arte francesa para mulheres.






 (meu favorito)

2 comentários:

  1. Maravilhoso...eu nao conhecia, gracias por compartir!!!

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    1. Pois é, um dos grandes gênios da pintura não aparece nos livros de História da Arte, mas se algum dia eu escrever um livro de História da Arte, pode ter certeza que terá um capítulo no livro para falar dele e de outros artistas acadêmicos como o Alexandre Cabanel. Adoro o academicismo, minha escola de arte favorita!

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