Oi pessoal!
Pois é, estou postando bem esses dias. Ainda mais agora que
bateu aquela insônia que serve pra gastar tempo postando aqui.
Eu tenho feito alguns desenhos no papel 200 da canson de cor
creme. Aquele que é indicado para desenho. A ideia é testar a aquarela nesse
papel. Já vi que aquele canson 300 da linha universitária é uma bosta, então
quero testar diversos papeis muitas vezes para poder escolher o melhor e mais
em conta. Tenho certeza que os melhores são aqueles mais caros tipo arches,
fabriano e papel de algodão. O problema é o preço.
Quando fiz aula de aquarela a professora pediu esse canson
200. Ao longo do curso eu acabei comprando o 300 da linha universitária. Quando
dei monitoria de aquarela indiquei pro pessoal praticar em aula o papel 200.
Agora estou aqui voltando para o 200.
Diversos desenhos e efeitos serão testados nesse
papel para ver o que rola e o que não rola de fazer nele. O primeiro que vou
postar aqui é o dos vikings. Tinha muito tempo que não desenhada essa temática
que tanto gosto.
Já faz um tempo que venho pesquisando a respeito da cultura
nórdica, vestimentas, arquitetura e costumes. Para um trabalho de ilustração
mais sério é bom a gente fazer uma pesquisa na hora de desenhar as roupas e
cenário, caso contrário fica algo super artificial e bem fora da realidade. Até
que eu resolvi colocar os personagens com umas roupas realistas de acordo com
as pesquisas que fiz.
Para a composição eu quis um cenário em local aberto,
pegando um fundo com casas e vegetação. De fato aquela série Vikings ajuda
muito nesse lance de cenário. Já que está sendo considerada por muitos
historiadores uma série com cenário bem parecido com o original. Assim sendo eu
também aproveitei para trabalhar um grupo maior de pessoas, quatro indivíduos, incluindo
duas crianças. É bom sair da zona de conforto as vezes.
Foi muita água usada, principalmente para fazer o céu que se
funde com a vegetação e o solo. As casas e as pessoas receberam uma quantidade
normal de camadas. O problema foi o solo. Eu li em livros e em alguns tutoriais
a respeito do sal na aquarela, que serve para chupar água e fazer efeitos de
manchas e texturas. As vezes uso essa técnica e da muito certo. No entanto essa
técnica é chatinha, depois de um dia toda a água que o sal chupa, ele devolve,
ai fica aquela aguaceira toda no papel, podendo até manchar todo o desenho.
Portanto é complicado de usar o sal em tempo de chuva, sendo mais indicado na
época da seca onde a aquarela seca rapidinho. Essa água que o sal devolve não
seca por nada desse mundo no período de chuva, ai a gente precisa retirar com
papel toalha.
Essa parte do solo ficou bastante enrugada. E mesmo depois
de seco, essa parte ainda está um pouco úmida. As outras partes também ficaram.
Só as pessoas e as casas ficaram com um enrugado mais leve. De certa forma eu
levo em consideração que o papel é de gramatura 200. Até porque ele absorveu
pouco, isso já é um ponto bom. Também não ficou com aspecto danificado e se
desfazendo igual a outros papeis que já usei. Ele é um papel bom e em
conta, da pra brincar com ele. O problema é fazer muitas aguadas e usar o
sal, principalmente em época de chuva, pois fica enrugado pra caramba como mostra na foto. Agora se for para fazer uma aquarela
para um trabalho sério já é melhor usar um papel mais resistente.
Nesse trabalho eu resolvi fazer um mix de aquarelas. Usei as
winsor e newton e faber castel porque sou maluca. Definitivamente a aquarela da
faber castel é muito ruim e depois de seca fica acinzentada. Ela não passa de
um guache vagabundo. Não sei o que deu na minha cabeça para misturar as duas. Usei também caneta nanquim 0.1 e 0.05 para acentuar algumas divisões e detalhes
pequenos. Não contornei tudo, prefiro usar a caneta nanquim se uma forma mais
suave.
Em breve eu posto mais aquarelas feitas no papel 200 da
canson.
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