sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Técnica de nanquim aguado no meu caderno de desenho

Oi pessoal!

Quanto tempo sem escrever aqui! Estava ocupada com o meu TCC e esses dias eu deixei para desenhar um pouco em um dos meus cadernos de desenho, aquele que fiz pra ir pro Canadá. Eu até fiz uma quantidade considerável de desenhos por lá, mas ainda faltam umas páginas para terminar. O bom deste caderno é que eu usei vários papeis diferentes, sendo assim, não fica enjoativo desenhar nele.

Tem papel de gramatura 200, papel colorido da canson (adoro), papel pardo, papel preto, papel reciclado, engordurado, sujo, tem de tudo nesse caderno.

Esses dias usei o meu nanquim preto da acrilex, aquele baratinho de 1,50 que compra em qualquer papelaria. Falei preto, pois tem gente que não sabe que existe nanquins de outras cores. Tem sim gente! Tem até branco e dourado! Infelizmente o meu branco estragou (também da acrilex). Tenho que anotar pra próxima lista de compras que tenho que comprar nanquim dourado e branco.

Fiz uma técnica de nanquim aguado e nanquim normal (sei lá como chamaria isso) em duas páginas do meu caderno que são o papel verde da canson.  Adoro essa técnica aguada. Lembro nas aulas de desenho no primeiro semestre da faculdade, quase ninguém gostou de usar o nanquim assim, acho que só eu e a Carol que gostamos.



Ta ai!


zoom


Usei este nanquim


Gosto da técnica aguada por conta das manchas, mas senti a necessidade de colocar esses efeitos lineares com uma pena que tenho. 


Eu não sei dizer nada sobre qualidade de nanquins, eu quase não uso. Eu tinha um nanquim da tridente que devia vir a mesma quantidade deste da acrilex, 20 ml e foi uns 8 reais e acabou pq eu sempre colocava muita quantidade no potinho e não tinha onde armazenar depois. imagino que hoje seja bem mais caro. De fato ele era mais pigmentado que este da acrilex. O bom de ser mais pigmentado é que se você fizer aguadas, vai render mais. Não sei dizer que a qualidade influi tanto assim, mas imagino que em alguma coisa deve influenciar. Um amigo meu que desenha quadrinhos disse que nanquins mais vagabundos costumam ser menos pigmentados e na hora que você scaneia o desenho, o trabalho digitalizado aparece cinza e não preto. Nisso ele me disse que a dica é deixar o nanquim vagabundo aberto por um tempo pra água evaporar um pouco. 

Tão cedo não compro outro nanquim até porque eu sou mais a aquarela. Uso pouco nanquim e este da acrilex ta fazendo a função dele. 


terça-feira, 19 de novembro de 2013

Jennifer Healy e seus lápis de cor Polychromos da faber Castell

Eu sumi por conta da correria de fim de semestre e principalmente por causa do meu TCC (trabalho de conclusão de curso) maldito. Sendo assim, a única coisa que produzi foi, como já foi dito, meu TCC. Nada de desenhos, pinturas e nem aquarelas. Ok, teve um dia que eu até peguei um caderninho sanfonado lindo que tenho e aquarelei um pouquinho, mas falta muito para ficar pronto.
Por acaso numa dessas páginas de desenho do facebook, publicaram os trabalhos maravilhosos de uma artista norte americana chamada Jennifer Healy, que se tornaram referencias em desenhos feitos com lápis de cor.
A artista em seu site diz que começou a pintar digitalmente em 2009. Seus trabalhos digitais são maravilhosos, mas o que me impressionaram mesmo foram seus trabalhos com lápis de cor.

As vezes a gente tem preconceito com lápis de cor por associa-los com materiais escolares, mas da para fazer coisas belíssimas com eles. Jennifer Healy é a prova disso. Além do mais, ela começou a trabalhar com lápis de cor em janeiro deste ano (2013)!!! Sim, gente! Se a nos empenharmos em uma técnica, a gente consegue!

Em relação aos materiais, a artista diz que seus lápis favoritos são os Faber-Castell Polychromos, uma linha profissional da marca. Ela diz que tentou vários tipos de lápis de cor, mas estes caíram perfeitamente bem para os métodos dela e que lápis a base de óleo fazem boas camadas. Ainda indica que a escolha de material deve ser feita por meio de tentativa e erro, porém é melhor escolher as linhas profissionais.

Eu tenho apenas UM lápis desse polychromos que veio num desses kits de aprender a desenhar que vende em banca de jornal. É realmente muito bom!



Eu imagino que a artista ainda vai mudar de lápis. Ela começou os trabalhos de lápis de cor no inicio deste ano e isso é relativamente pouco tempo. Com certeza ela ainda vai testar mais coisas ao longo de sua carreira artística. 

Em relação aos papeis que ela utiliza, ela cita o papel “Stonehenge”, um papel feito de algodão que é relativamente pesado. Eu não sei que papel é este. Até pensei que fosse uma espécie de papel pardo quando ela disse que uma face é lisa e outra áspera. No entanto, o papel pardo não é feito de algodão e ele não é “pesado”. Eu imaginei que ao escrever pesado, ela quis dizer que tem gramatura alta.



Até que pesquisei a respeito e estava certa. Ele é um papel 100% feito de algodão e pode ser utilizado para aquarelas. Confesso que fiquei mega curiosa em utilizar! Além do mais, tem umas cores bem lindinhas! O legal é que quando coloquei “Stonehenge paper” no Google imagens apareceu uma foto de um desenho dela com os lápis de cor em cima! Aposto que deve ser um papel super caro no Brasil.


Não achei quase nada a respeito da poética dela. Ela diz que em seus trabalhos, ela trata da bondade e da maldade e que um se completa no outro. Todo mundo tem bondade e maldade (o que de certa forma ela está certa). Vejo também em seus trabalhos algo que me agrada muito, a combinação entre o feminino e a delicadeza junto com elementos naturais e tons pasteis. Ela também tem uma forte tendência a tratar os cabelos como uma questão importante em seus desenhos. 

Vai aí uns desenhos lindos em lápis de cor!






(meu favorito)




Alguns de Arte Digital







Adoro essa temática fantástica feita de forma feminina! Adoro essa coisa meio "sereia" e também adoro quem sabe trabalhar com cores"


Eu não sei o que esta acontecendo com o Blogger, que ta uma BOSTA pra fazer postagem. 


segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Victoria Frances e umas reflexões

Oi pessoal!

Estava procurando artistas que fazem trabalhos de figura humana de forma naturalista e outra vez encontrei uma artista ilustradora que faz trabalhos lindos. Sim, pra mim ilustração pode SIM ser arte.



Eu já conhecia os trabalhos da Victoria Frances, porém nunca tive a ideia de copiar e armazenar numa pasta no meu computador. Só tinha visto algumas coisinhas.

A artista nasceu em 1982 em Valencia e cursou Belas Artes. Victoria Frances tem trabalhos lindos e bem femininos. Tem forte influencia de temas românticos, do movimento pré-rafaelita, fantasia e goticismo (porém eu ainda não sei bem definir o que seria gótico). Temáticas de bruxas e vampiros são bem comuns em suas obras. O sensualismo das figuras femininas também é bem marcante. Muitas das mulheres usam corsets e roupas muito lindas. O jogo de cores dela também é maravilhoso, em geral cores neutras, pasteis, vermelho, vinho e roxo.

Estava lendo esses dias sobre o desenho figurativo, em especial a figura humana e o porquê dos adolescentes gostarem tanto de fazer esse tipo de desenho. Li uma autora da psicologia chamada Jurema Alcides Cunha e em seu livro Psicodiagnóstico-R ela diz:


“No desenho de figura humana, o sujeito projeta a sua imagem ou esquema corporal, seus impulsos, suas ansiedades e defesas, seus conflitos, enfim, sua personalidade e sua interação com o meio ambiente. Segundo Groth-Marnat (1984), “a figura humana é a representação do self, isto é, “a pessoa revela como percebe a si mesma e como se apresenta aos outros.”


Por isso que através dos desenhos podemos conhecer muito de alguém.


Talvez seja por isso que grande parte das pessoas que desenham de forma naturalista sempre fazem pessoas parecidas com elas mesmas. Deve ser que inconscientemente nos colocamos no papel sem a gente perceber. Embora eu não acho que as mulheres que desenho se pareçam comigo, todo mundo diz que parecem. Algumas pessoas já até perguntaram se eram auto retratos. Percebo isso com desenhos de alguns amigos meus.

As mulheres da Victoria Frances se parecem um pouco com ela e pelas fotos, ela aparenta se vestir que nem suas personagens. Disse que aparenta, pois não sei se ela usa aquelas roupas só para tirar fotos ou se usa normalmente.

(foto de Victoria Frances)

Agora compare com seus desenhos

(este está exatamente igual a ela, porém pode ser que ela tenha feito realmente um auto retrato)

(outro muito parecido)

(bem parecido também)


A outra ilustradora que postei aqui há um tempo, a Chelsea Greene Lewytaem, também faz meninas parecidas com ela.


Chelsea Greene Lewytaem não faz suas personagens exatamente clones dela, o que eu disse é que LEMBRAM os traços do rosto dela. Embora eu tenho um amigo que realmente desenha todas as pessoas MUITO parecidas com ele, parecem sim auto retratos, até mesmo as mulheres.

A respeito dos materiais usados... não sei dizer. Imagino que seja um mix de muitas coisas como aquarela, lápis de cor, grafite e pastel. Aquarela eu tenho certeza que ela usa em alguns, já que da pra notar algumas gotinhas. Também já vi um desenho que ela faz antes do trabalho final, que é um projeto da roupa, em que ela usa lápis de cor. Na primeira foto da postagem é ela com dois trabalhos feitos em papeis grandes. Provavelmente papel com gramatura alta. 

Vai aqui outros trabalhos lindos dela









(belo trabalho, não?)

(um dos mais belos)

(sereia!!!!! como amo! uma tatuagem desse desenho ficaria muito linda, né?)



Ta aqui os projetos que disse do figurino:






Pra virar isso!






sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Minhas aquarelas no PicniK

Oi pessoal!


Pra quem é leitor do meu blog e nunca viu foto minha, essa sou eu e esse é meu amigo Leo que comprou a Valkyria!





Muito de última hora, a Jaqueline me perguntou se eu tinha alguma coisa de arte pra vender. Eu disse que tinha minhas aquarelas. Então ela me disse que ela e mais um pessoal do meu curso estavam alugando um espaço pra vender naquele evento no calçadão da Asa Norte, o PicniK!

Foi tudo de última hora e peguei algumas molduras que tinha e comprei papel duplex pra fazer uns paspatur para ficar mais bem apresentável e mais barato pra quem comprar e for colocar molduras.

Não coloquei pra vender todas as aquarelas. Apenas as que achava mais legais.

No geral, as pessoas não se interessam em comprar quadros ou aquarelas com figuras humanas. Acho que gostam mais de paisagens, flores, frutas ou abstratos. O que a princípio me deixou um pouco frustrada. Mas é aquela coisa, gente tem que se adaptar ao comercial, mas claro também não se vender por completo. Eu até gosto de paisagens e árvores.

Vendi duas aquarelas, uma árvore para o Guilherme e a Valkyria pro Leonardo (amigo que também gosta dessa onda viking).


(árvore que o Guilherme comprou)

(Valkyria que o Leonardo comprou)



O que atrapalhou também foi a apresentação das aquarelas. Como foi de última hora, não arrumei formas boas de colocar as obras, ficaram debaixo das camisas da Camilla e do César.

Mas até que no geral, o nosso estande ficou bem bacana pra algo que foi bolado de última hora e com poucos recursos!

A galera que participou comigo: a Jacqueline, que organizou tudo, o Guilherme Freire, o Lucas Venturim, a Camilla, o César, a Isabela (com suas ilustrações de botânica), a Nana, o Botelho com seus zines e a Renata Rinaldi com seus trabalhos.


Hoje mandei emoldurar 4 aquarelas para ficar mais bem apresentáveis na hora de vender. Muita gente tem preguiça de mandar emoldurar.

Essas fotos foram tiradas enquanto estava selecionando e montando quais iriam pra venda:

(a moldura dessa aquarela dos pinheiros estragou e mandei emoldurar numa vidraçaria)




Fotos da nossa estande no PicniK










O evento PicniK foi bem bacana e talvéz la pro dia 27 de Outubro, nós vender nossas obras no Brasília Shopping