domingo, 25 de dezembro de 2011

Oi pessoal!
Tinha tempo que não postava nada aqui, quando mais sobre pintores.
Tenho que pintar a óleo ano que vem. Espero pintar muita coisa de um quadro da Praça Tiradentes que está parado aqui, uma pintura naturalista de figura humana e uma paisagem. Também algumas aquarelas. Tenho que tomar vergonha na cara e fazer alguma coisa que preste. Hoje de tarde vou à UnB pegar a nota de Arte Eletrônica 1 e ver se meus quadros estão secos, pois só podemos tirar a tela esticada na madeira depois que a pintura estiver seca.
Assim que entrei de férias eu comecei a pesquisar pintores clássicos, pré rafaelitas e outros. Descobri muitos artistas que fazem trabalhos maravilhosos e que espero algum dia conseguir fazer pelo menos a metade do que eles faziam.
Um dos pintores que descobri esses dias foi o Alexei Alexiwicz Harlamoff.
(esse quadro é simplesmente perfeito
Harlamoff é um pintor russo nascido na aldeia de Dyachevka perto de Saratov no rio Volga em 1849. Aos 14 anos ele se matriculou na Academia de Belas Artes de São Petersburgo, nela, ele ganhou muitas medalhas.

Em Haia, ele copiava quadros de Rembrandt para estudar anatomia. No início de sua carreira, ele pintava temas militares, religiosos e de gênero. Assim passou a ser um pintor respeitado por pessoas importantes, como o czar Alexandre II, o príncipe San Demidoff-Domato Tourgueneff e a czarina Maria Alexandrovna.
Em 1868, ele ganhou uma medalha de ouro e uma bolsa de viagem com a pintura O retorno do Filho Pródigo, assim foi a Paris onde trabalhou como retratista e professor na École des Beaux-Arts.
Em 1876, Emile Zola avaliou o Retrato de Ivan Turgenev como um dos melhores trabalhos do salão de Paris.
Em geral, seus trabalhos retratavam a beleza e inocência de jovens camponesas. O uso das flores era bastante usado como símbolo de inocência de curta duração da juventude. Em suas obras, a Rússia está presente nos detalhes, como nos vestidos e nas características físicas das pessoas.
Sua morte é um mistério, alguns acreditam que o artista morreu em Paris em 1922, outros acreditam que foi em Saratov.

















segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Quatro alegretenses em quatro quartos de lua - Bolívar Marini

Oi pessoal!

A postagem de hoje é sobre os trabalhos de um amigo gaúcho e viking!

Conheci o Bolívar na comunidade "Eu sou um viking" na época que o Orkut ainda bombava. Ele é uma pessoa que eu considero muito. Rapaz "faz tudo", é professor de História, é artista plástico, ator, trabalha numa loja, sustenta os "butecos" (esse é dos meus) e ainda me atura! KKKKKKKKKKKK. Onde ele arruma tempo pra isso tudo???????

O Bolívar está participando de uma exposição em sua cidade Alegrete. A exposição Quatro Alegretenses em Quatro Quartos de Lua reúne quatro artistas que realizaram trabalhos sobre as fases da lua. 







A fase que ele pintou foi a Lua Minguante onde aborda lendárias rainhas e deusas de diversas mitologias que representam a velhice e morte. Provavelmente vocês já notaram que eu gosto de mitologia e adoro arte naturalista, acho até que os trabalhos dele são bem parecidos com os meus.

Quase sempre que conversávamos no MSN ele me falava como suas pinturas estavam e até trocamos ideias sobre tintas, ele me disse que pinta com tinta acrílica misturada com xadrez. Penso em comprar esses materiais pra começar a pintar com a acrílica, já que é uma técnica mais rápida que o óleo. Pra quem não sabe, a tinta acrílica seca rapidamente, já o óleo demora dias, podendo demorar meses pra secar. 



Baba Yaga


Baba Yaga é uma bruxa do folclore russo e seu nome significa algo como "velha bruxa dos dentes quebrados".  Nas fábulas infantis ela é uma criatura perversa que vive no bosque e mora em sua casa ambulante, sequestrando e devorando crianças e andarilhos incautos durante a noite. A alegoria da velha nefanda que devora crianças se repete na lua minguante, onde a escuridão da sombra da Terra devora a luz branca da lua.



Morrígan


Morrígan, a Rainha Fantasma da mitologia irlandesa, é uma figura ligada à morte, guerra e destruição, especificamente à morte nos campos de batalha, disso o fato da sua associação aos animais que comem os mortos. Sua aparição prenuncia a morte violenta e seu culto era realizado nas noites de lua minguante.



Hécate


Hécate é uma deusa grega filha dos titãs Perses e Astéria, seu nome significa "a distante". Ela era a dona do cão de três cabeças, Cérebros, guardião das portas dos infernos. Era também a deusa das passagens,  a que conduzia os viajantes e também a guardiã dos mortos. Era uma deusa tríplice, possuía três corpos. Nas noites de lua nova e minguante ela aparecia nas encruzilhadas. 



Cerridwen

Que fogo perfeito!!!

Cerridwen é uma deusa celta e seu culto era mais representativo no País de Gales. Era a "senhora do caldeirão" e representa a poção da vida e da morte. O caldeirão, seu maior símbolo representa a fertilidade e a regeneração, por isso também era deusa dos bosques e dos animais. Os rituais para era deusa eram feitos na lua minguante. 



Nanã

 Esse foi meu favorito! Adorei esse efeito de pele idosa, a anatomia, as cores, os búzios, a roupa, tudo nele!

Nanã é orixá da tradição religiosa Yorubá (atual Nigéria), seu nome significa "raiz", ou seja, aquela que fica no centro da Terra. Associada com pântanos e manguezais, é também o orixá ancião das mortes e das doenças. Usa um cajado chamado ibiri, feito do cerne na folha de dendezeiro, com ele ela controla os espíritos dos mortos. Ela é o orixá feminino mais antigo, por isso representa a fertilidade feminina, assim ela se adorna com búzios (alusão simbólica ao órgão sexual feminino). A lua minguante encerra a ideia de morte, finalização, da mesma forma que Nanã.



Kali, a destruidora


Kali é uma deusa indiana e seu nome significa "negra". Ela é uma grande mãe, detentora das energias primordiais do universo, Kali também é a deusa da morte e esposa de Shiva, deus da destruição. Seu culto era feito nas luas minguante e nova. Na concepção original, Kali ostenta uma cimitarra ensanguentada na sua mão superior direita, um recipiente recolhendo o sangue do demônio Raktabija na sua mão inferior esquerda e cabeças decapitadas de demônios na sua cintura. Os símbolos foram adaptados para que carregassem outros significados, onde o artista a concebeu como grande mãe dos pintores malditos atormentados: Dalí, Goya, Modigliani, Picasso, Frida Kahlo e henry Fuseli.



Câncer


Câncer é o quarto signo do zodíaco, que vai do dia 21 de junho a 21 de julho, que por coincidência era o signo do meu pai. Assim como escorpião e peixes, ele representa a água e seu astro regente é a Lua. Seu metal é o prata. Na mitologia grega, ele representa um caranguejo gigante que foi enviado pela deusa Hera para tentar derrotar o herói  Hércules. Cancerianos são sensíveis, intuitivos, ansiosos, protetores e maternais; porém, seu humor varia constantemente, assim como as fases da Lua. 



A Lua (tarô)

Lindo Lindo Lindo!!! Adoro cores frias!!!

Nesta carta aparecem dois cães que olham para o luar, eles representam a inteligência intuitiva e o luas, as aparências e as ilusões. Quando esta carta sai do jogo do Tarô, segue-se um momento de reflexão e a reavaliação antes de retomar a busca pela verdade.


Os quadros mostraram seus estudos e grande conhecimento em mitologia e esoterismo. Fazer trabalhos como esses precisam de muito estudo. Gostei não apenas do tema e da pintura em si, mas também das composições, trabalhos muito bem equilibrados.


Pessoal de Alegrete, visitem a exposição! Ela vai até o dia 3 de janeiro de 2012. É uma pena eu morar tão longe, aliás, é uma pena eu morar no inferno (Brasília).

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Mulher no Mar - Pintura

Olá! Estava com saudades de postar aqui, mas como sempre falo: sem câmera, sem scanner não da pra quase nada.

Eu já disse que curso uma disciplina obrigatória chamada Pintura 1, é a disciplina principal do semestre e uma das mais importantes do curso. Em geral, essa disciplina existe para a gente testar diversas possibilidades de pintura. A disciplina é ótima e a professora é muito gente boa e não é desses professores que obrigam seus alunos a virarem seus seguidores, quase todos os professores de Artes são assim. Pregam a "LIBERDADE", mas proíbem seus alunos de serem livres. Liberdade artística? Isso existe na universidade???

Ela aceitou numa boa meus trabalhos figurativos naturalistas e inclusive sempre passa umas dicas pra mim.

Não são apenas flores, já que estou desesperada com essa disciplina, faltam três telas pra terminar até o final das aulas!!!!! Uma delas já está na metade, uma outra é até fácil de fazer e a outra bem difícil. Sério, eu estou com medo.

Hoje vou postar o quadro que ficou pronto que é o da "Mulher no Mar".

Um dia eu estava vendo fotos de cabelos platinados e vi uma foto bem legal de duas americanas num barco com seus longos cabelos loiros, eu achei show essa foto. A imagem está na galeria desse tópico na comunidade do orkut Loiras Platinadas:




Eu achei os cabelos maravilhosos e deu um contraste muito bonito com a cor da água.

Eu tenho uma amiga muito bonita e platinada que tirou uma foto bem legal sentada no mar, então resolvi basear minha tela nela e nessa foto acima. Detalhe muito importante, essa minha amiga se chama Marina, tudo parecido com o mar, bem nome de sereia, aliás, ela até parece uma. A ideia era de fazer uma tela mais rápida por conta do tempo e queria usar pinceladas mais rápidas na pele da mulher e no mar. 

Primeiro rascunho pro quadro



Esse desenho e todos os outros que fiz para essa tela foram feitos num caderno de papel reciclado que tenho, confesso que é até chatinho desenhar nele por conta das texturas dos papéis.

Segundo desenho mais bem elaborado


Essa folha eu achei tão linda! Folha verde com fios pretos, um amigo meu ainda brincou dizendo que parecia um peito cabeludo, kkkk!! Achei tão bonito passar o pastel branco nos desenhos feitos nessa folha!

Terceiro desenho com linhas auxiliares


Essas linhas auxiliares ajudam na hora de passar o desenho para a tela, é bom pra gente ter ideia das proporções, ainda mais que tenho dificuldade em desenhar em espaço muito grande.

Então, aqui a tela


Infelizmente as cores dos desenhos e das telas sempre ficam diferentes nas fotos e no scanner. Essa foto acima foi a que a mulher ficou com a cor mais parecida com o real, pena que o mar e o céu ficaram escuros. Então tem outras fotos para vocês terem uma idéia melhor das cores reais



(foto mega escura)

(foto mega amarelada, mas achei bonita)

A intenção foi de fazer o mar bem calmo e uma brisa balançando os cabelos que com mechas californianas e luzes, o cabelo da mulher do quadro não chega a ser platinado. Foi a primeira vez que fiz uma pintura a óleo com pinceladas mais rápidas, no começo eu estava super arrependida, achava que não ia conseguir, até que finalmente ficou bom e consegui um volume. No começo eu usei o roxo para sombrear, mas não dava volume e decidi então fazer com o azul puxado pro turquesa e consegui! Eu gostei bastante do resultado, quadro que fiz que mais gostei!

Esconder o rosto da mulher fez um mistério na tela e as cores em geral são "fofas", muitos tons de azul claro, isso me deu uma sensação tão nostálgica e de descanso. Tive também muita vontade de ir à praia, mas praia pra mim será lá pra fevereiro. Eu fazia esse quadro e imaginava o som das ondas, mesmo sendo uma pintura com o mar bem calmo.

Uma das três telas que disse que faltam pra fechar o semestre é outro dessa série, mas dessa vez quero usar cores ainda mais tristes, achei que o céu ainda ficou "feliz", quero uma sensação mais nostálgica e também com um pouco de mistério.


Lembrando que o tamanho é 1m x 0,8m
As cores mais usadas no quadro foram:

Branco de zinco
Branco de Titânio
Azul da Prússia
Gris de Payne
Ocre
Amarelo de Nápoles
Amarelo de Nápoles Rosado
Azul Turquesa
Sépia

Cores usadas em pequena quantidade

Azul Ultramar
Azul Cobalto
Sombra Queimada
Preto
Vermelho de Cádmio escuro
(só um pouco pra fazer um lilás azulado no céu e na sombra da pele)